A minha apresentação não fugiu à minha noção do que sabia na altura. Expliquei, depois de ter lido o texto, o que as gaivotas são, e porque voam e os pombos não, e correspondi estas duas espécies a dois tipos de pessoas Eu e os outros, e como me acabavam de interromper por serem pombos, antes de me lembrar deles pensava na essência do mundo e na minha, e revelou-se [suja] por ter pensado nos outros tornando a matéria não pura.
Por fim, fui confrontado com o tema de gaivotas sem penas, não consegui achar verdadeira a imagem de me ver sem pele, mas via os meus órgão através da fresta do meu corpo, como descrevi no poema que li.
Não fui claro, e não consegui ir para além desta incapacidade, e continuo sem poder e sem querer ir para além dessa incapacidade.
Posso acabar por dizer que afinal tudo me faz confusão porque confundia pássaros. Logo aí as possibilidades de ser lúcido são um pouco impossíveis…
Luís Costa
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