O meu corpo tremeu.
A brisa de átomos sobre a cara.
“Foi pela esquerda abaixo” – Pensei eu
“É a que me faltara”.
Seguia-a incessantemente
A brisa de átomos sobre a cara
“E escutam como ressoa” – Tive na minha mente
“É de certeza a que me faltara”.
Seguir, seguir, seguir, segui-a
A brisa de átomos sobre a cara
“Uma combinação brilhante” – Raciocinei
“É sem dúvida a que me faltara”
Um cansaço vem-me à medida que me vou.
A brisa de átomos sobre a cara
“Porque tu vais de mão dada com a aventura” – Na minha cabecinha ecoou
“É, mais do que nunca, a que me faltara”
Gastei-me pelo caminho
A brisa de átomos sobre a cara
“LEVA-ME !” – Ordenei de mansinho
“Para que o fizesses, o que me faltara?”
Notas de compreensão do poema:
- No poema, vários elementos se repetem (de propósito):
- O primeiro verso de cada estrofe relata sempre algo que acontece ao
sujeito
- “A brisa de átomos sobre a cara” que aparece sempre no segundo verso
- Uma fala / pensamento em todas as 3ª e 4ª estrofes
- “Tive na minha mente”, “Raciocinei-a”, “Na minha cabecinha ecoou”,
são sinónimos da palavra pensar presente no 1º verso
André Matias
Nenhum comentário:
Postar um comentário