“Com duas mãos --o Acto e o Destino--
Desvendámos. No mesmo gesto, ao céu
Uma ergue o fecho trémulo e divino
E a outra afasta o véu.
Desvendámos. No mesmo gesto, ao céu
Uma ergue o fecho trémulo e divino
E a outra afasta o véu.
Fosse a hora que haver ou a que havia
A mão que ao Ocidente o véu rasgou,
Foi a alma a Ciência e corpo a Ousadia
Da mão que desvendou.
Fosse Acaso, ou Vontade, ou Temporal
A mão que ergueu o facho que luziu,
Foi Deus a alma e o corpo Portugal
Da mão que o conduziu.”
Mar Português – “Ocidente”
A Mensagem – Fernando Pessoa
(foto Andreia)
Por entre as rochas, o perigo
Por entre a penumbra, a ousadia
Fosse o caminho a descoberta
Que o Português desvendaria
O túnel que tiveste de percorrer
Abriu a porta para o céu
Sendo o encoberto a razão
Foste tu que o mereceu
A luz, que ao fundo se avista
Parece pequena e melindrosa
Não fosse o lusitano iluminado
Pela coragem grandiosa.
Andreia Verdugo
12º F, Nº 5
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