sábado, 12 de março de 2011

Palavras soltas que se desprendem de uma folha de teste sobre Fernando Pessoa II

"Álvaro de Campos... espraia os seus sentimentos nutridos pela máquina, que o salva do ambiente opiáceo da primeira fase e o remete para a última, onde se volta para si próprio. Num ambiente sombrio e íntimo."
Ricardo Rascão

"Vou deitar-me
e espreito a minha árvore,
apenas mais uma vez,
para me lembrar que ela existe."
Andreia Geada

"As pombas continuam a voar."
Inês Martins

"A minha certeza são as incertezas das minhas certezas... penso o pensamento, procuro a verdade por trás da verdade, o que se esconde por trás do que existe (e isso não me chega. sinto necessidade de descobrir o que se esconde no escondido)..."
André Matias

"A poesia de Pessoa não pode ser comprada ao metro, não tem medida e não a merece quem a meça.... Medida ou desmedida, não tem escala métrica, Pessoa e os s(Eus) pintaram-na e eu nunca li uma régua escrita por eles."
Tomé Pereira

"Cada vez que tento pensar tenho visões de Caeiro... sou um alguém que não sou e escorro pela cara o sangue do pensar. Se fui o que fui, agora nada sou, apenas me reduzo a dores de pensamento"
Diogo Alves

"... cada tremer dos meus nervos é um anjo morto a cair do céu. Passos no cimento. Sinto um prédio tão belo, tão natural, sincronizado, como uma árvore."
Débora


"Sento-me ao teu lado e ali fico
com o reflexo das lágrimas na água
e a água a passar."
Lúcia Máximo

"Assim choro por não sentir a natureza em mim
prefiro andar à chuva
sinto assim o céu cair..."
Ivan Castanheira

"...Prefiro andar pela rua
e o cego que me perturbe
tem mais ele para medizer que tu de livro na mão
...
Vai descendo rua abaixo
e não te atrevas a subir.
...
Antes só à janela que no alpendre de outro.
..."
Sofia Fortuna

Sou muitos e nenhum
sou algo ou alguém
sou o Universo..."
Ana Sofia Cabrita

"Quero o tempo e quero vento que me leve daqui, rasgo a pele, porque não sei onde acaba a roupa...
A criação tem o seu tempo..."
Luís Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário