terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

VISITA DE ESTUDO SOBRE FERNANDO PESSOA

Para além da sua actividade poética, Fernando Pessoa tinha de ganhar a vida, por isso trabalhou como tradutor em inúmeros despachantes da Baixa e também trabalhou para os bancos Totta e Banco de Portugal.
ROTEIRO PESSOANO na Baixa Lisboeta
1.Largo de S. Carlos (as três primeiras janelas do 4º andar  mesmo em frente ao teatro de S. Carlos- aí nasceu a 13 de Junho de 1888 e aí viveu com a mãe e o pai, que era crítico de música.
2 Café Brasileira, no Chiado, onde se juntava o grupo dos modernistas: ele, Almada, Mário de Sá Carneiro, Santa Rita Pintor...
Escultura de Lagoa Henriques (os seus objectos: café, bica, caneta e papel)
 Modernismo_ Amadeo, no norte
                       Orfeo no Sul
Aqui se encontrava com os modernistas, embora a partir de certa altura tenha deixado de subir à Brasileira; o Almada é que vinha aqui muitas vezes (1916-18); vivia no largo dos Bombeiros e vinha aqui beber café.
O Pessoa a partir de certa altura passou a parar mais pelo Martinho e outros cafés da Baixa.
3 Igreja dos Mártires- Onde foi baptizado
(Poema “Ó sinos da minha aldeia...)
Séc XII, de inspiração bizantina (D. A. H.)
4 Largo Bordalo Pinheiro
1º Andar do “Rei das Meias” era o Casino Lisbonense (jogos, conferências, colóquios); aqui se realizaram as Conferências do Casino, já no tempo de Eça e Antero.
No nº 4 funciona o Círculo Eça de Queirós (biblioteca, sala de convívio, local de estudos queirosianos (abre à tarde)
5. Largo do Carmo- nº 18, 1º andar, terceira janela, quarto cor-de-rosa
Foi quando deixou a Universidade e esteve aqui dois anos “a empanturrar-se de livros”. Aí viveu dos 20 aos 24.
Aqui nasceu  a ideia da Mensagem inspirado no Convento do Carmo, construído por D. Nuno Álvares Pereira.
D Nuno é um dos heróis da “Mensagem”, tal como o Pe António Vieira e D. Sebastião.
Planificou o livro segundo a filosofia de Joaquin de Fiori: Idade do Pai, do Filho, do Espírito Santo e do Quinto Império.
6. Estação do Rossio- azulejos de Lima de Freitas muito relacionados com o V Império da Mensagem.
7. Largo D. João da Câmara- havia aqui dois cafés frequentados por Pessoa.
O Martinho original onde é agora o BPI e o Suíço, onde é a CGD.
Tinha uma montra enorme em vidro com um cortinado a meio acima do qual se viam as cartolas (daí chamar-se o café das cartolas).
Fernando Pessoa frequentava muito estes cafés com o poeta Carlos Queirós, familiar de Ofélia Queirós, que vivia por cima do café da Gare, no 2º andar.
Carlos Queirós ficava até à hora de jantar (quando via acender as luzes da sala de jantar) e F. Pessoa depois ia até ao Martinho da Arcada.
Talvez se tivesse inspirado na figura de D. Sebastião com a espada da Ordem de Cristo e de Santiago(estátua entre as duas portas), o drama da chegada e da partida.
8. Rossio- Vários cafés frequentados por Pessoa:
- Café Portugal (agora casa das luvas)
-          Café Gelo (agora Abracadabra)

- Botequim das Parras (onde Pessoa e outros escritores formaram importantes tertúlias e grandes discussões literárias; no interior do Café, a que chamavam o - Aguilheiro dos Sábios)
- Café do Bocage (agora Nicola)
      - Irmãos Unidos (agora Camisaria Moderna)
Pertencia a um médico galego muito culto, Alfredo Segurado,  que pediu a Almada para fazer o retrato de Pessoa por 3000$00; depois fez outro que foi para a Gulbenkian, e o dos Irmãos Unidos está na Casa Fernando Pessoa.
9. “A Licorista” tendinha de ginjinhas, como, nos Restauradores, o Palladium; F. Pessoa era um habitué destas duas.
“Em flagrante delitro”
A aguardente e o absinto eram as preferidas de Pessoa.
Há também a tendinha do Rossio.
10    Rua Augusta- Trabalhou em quase todos os escritórios da baixa como tradutor ou como guarda-livros.
11 Rua do Ouro, nº 87, 2º, firma de que foi sócio em 1917-1918
12 Rua da Prata, nº 267, 1º e 71, 1º: escritórios onde trabalhou
13 R. de S. Julião, nº 101, nº 52 e nº 4: escritórios onde trabalhou
14 R. da Assunção, º 42, 2º, nº 58, 2º e 109- escritório onde conheceu Ofélia, sede da editora Olisipo que dirigiu e um escritório onde trabalhou.
                                15   Martinho da Arcada- foi o primeiro café de Lisboa; chamava-se “Casa Da Neve” 
A neve vinha pelo Tejo embrulhada em palha. Também se vendiam aqui bilhetes para as tipóias para Sintra.

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