domingo, 13 de março de 2011

Crítica à peça FELIZMENTE HÁ LUAR

Questões: É uma boa peça? Está bem representada? Transmite "a ideia chave"? Vale a pena ser vista?
Esta obra foi realmente bem retratada e representada, transporta-nos até à época e transmite a intensidade das acções! Em termos cenográficos foi bem conseguida no geral, vista ao pormenor, deixa pontos a desejar!
Percebe-se facilmente a historia e a sua respectiva moral ou conclusão, deixando até um pouco o público entediado!
Se é uma boa peça é muito relativo (bom argumento, satisfatória produção), mas na minha opinião qualquer peça de teatro deve ser vista! Para alem do factor de respeito pelo trabalhador e artista, é extremamente necessário ter se visto más produções de espetáculos para sabermos identificar uma boa peça quando a virmos! Uma boa peça será sempre uma óptima peça, mas uma má peça será sempre um elogio a uma boa peça!

Susana Paixao 12ºF Nº23
 

Crítica à peça FELIZMENTE HÁ LUAR

"[...]

Esta peça é conduzida pelos princípios do teatro moderno (desenvolvidos por Brecht). A intenção é substituir o “sentir” por “pensar”,;para tal, é necessário haver uma distanciação histórica, isto é, o actor deve conseguir “afastar-se” da personagem e o espectador deve conseguir “afastar-se” da história narrada.
Esta técnica aproxima o actor e o espectador, de tal modo que ambos
se distanciam da história narrada, podendo assim, como pessoas reais, fazerem os respectivos juízos ou críticas de forma precisa e consciente sobre o que se passa em palco sem que as emoções trágicas ou dramáticas levadas ao extremo afectem o juízo de cada um.

O cenário presente nesta versão da peça foi minimalista, porém ilimitado, capaz de nos transportar mentalmente para os vários cenários mencionados na obra e assim permitindo-nos uma maior liberdade em “criar” e adaptar a história individualmente.

Pessoalmente, creio que, todo o ambiente criado naquele palco, com a ajuda das luzes e do som, e principalmente com a atitude dos actores, fizeram desta peça um espectáculo, até o silêncio presente em algumas partes ajudou bastante a criar o impacto pretendido em nós, espectadores. Apesar de ser a primeira vez que assisto à representação destes actores, penso que estiveram bem em palco. Recomendo fortemente assistir à peça Felizmente há luar! , pois tendo uma escrita simples ,é uma obra bastante acessível e interessante para todas as idades."
Irina Ivanenco 12ºF, Nº 13

Momento de Oralidade



Leitura de uma página do Diário Poético:

Vida e Personalidade
Multiplicidade de histórias
Personalidades em vidas
Multiplicadas, relações que
Ecoam, 3 muros reflectores.

Pai Soberano, três reinos
Distantes, águas de um só
Rio, une seus militantes.

Unidade espelhada, Vidas
Partilhadas, personalidade
 Triplicada.

Dissertação

  Fernando Pessoa não deveria jamais ser designado como louco ou esquizofrénico.
  Todos nós temos a necessidade inconsciente de criar personagens para encarar diferentes aspectos da nossa vida, e assim também Fernando Pessoa o fez, a única diferença é que o poeta deu vida a estas personagens materializando-as através da sua escrita.

Improviso   
A importância de ser eu
  Nós, enquanto unidade íntegra, só estamos completos através desta visão prismática da vida. Como unidade somos compostos por diversos aspectos ou momentos, que nos dão características que por assim ser nos conferem carácter. 
  Se assim não fossem, não passaríamos de meros números numa superfície plana, não teríamos as oscilações que dão à vida o seu aspecto mutante e imprevisível. Sem assim não fossem e em última a analise, o destino não teria importância ou relevância alguma.

Ricardo Rascão

VISITA DE ESTUDO SOBRE FERNANDO PESSOA

Boa tarde, meninos e meninas do 12ºB:
Espero que tenham tido uns dias reconfortantes e repousantes.
Como não me foi possível preparar antes das férias a visita agendada para amanhã, e por não ter sido possível ir a uma outra aula vossa esta semana, teremos de adiar.
Amanhã combinaremos nova data. Pensei que isso fosse claro, mas como surgiram algumas dúvidas, aqui fica o esclarecimento.
Beijinhos, até amanhã na nossa aula, bom recomeço!

sábado, 12 de março de 2011

Palavras soltas que se desprendem de uma folha de teste sobre Fernando Pessoa II

"Álvaro de Campos... espraia os seus sentimentos nutridos pela máquina, que o salva do ambiente opiáceo da primeira fase e o remete para a última, onde se volta para si próprio. Num ambiente sombrio e íntimo."
Ricardo Rascão

"Vou deitar-me
e espreito a minha árvore,
apenas mais uma vez,
para me lembrar que ela existe."
Andreia Geada

"As pombas continuam a voar."
Inês Martins

"A minha certeza são as incertezas das minhas certezas... penso o pensamento, procuro a verdade por trás da verdade, o que se esconde por trás do que existe (e isso não me chega. sinto necessidade de descobrir o que se esconde no escondido)..."
André Matias

"A poesia de Pessoa não pode ser comprada ao metro, não tem medida e não a merece quem a meça.... Medida ou desmedida, não tem escala métrica, Pessoa e os s(Eus) pintaram-na e eu nunca li uma régua escrita por eles."
Tomé Pereira

"Cada vez que tento pensar tenho visões de Caeiro... sou um alguém que não sou e escorro pela cara o sangue do pensar. Se fui o que fui, agora nada sou, apenas me reduzo a dores de pensamento"
Diogo Alves

"... cada tremer dos meus nervos é um anjo morto a cair do céu. Passos no cimento. Sinto um prédio tão belo, tão natural, sincronizado, como uma árvore."
Débora


"Sento-me ao teu lado e ali fico
com o reflexo das lágrimas na água
e a água a passar."
Lúcia Máximo

"Assim choro por não sentir a natureza em mim
prefiro andar à chuva
sinto assim o céu cair..."
Ivan Castanheira

"...Prefiro andar pela rua
e o cego que me perturbe
tem mais ele para medizer que tu de livro na mão
...
Vai descendo rua abaixo
e não te atrevas a subir.
...
Antes só à janela que no alpendre de outro.
..."
Sofia Fortuna

Sou muitos e nenhum
sou algo ou alguém
sou o Universo..."
Ana Sofia Cabrita

"Quero o tempo e quero vento que me leve daqui, rasgo a pele, porque não sei onde acaba a roupa...
A criação tem o seu tempo..."
Luís Costa

sexta-feira, 11 de março de 2011

Palavras soltas que se desprendem de uma folha de teste sobre Fernando Pessoa I

"Os malmequeres são palavras e as rosas são gritos"
Ana Catarina Trabulo

"Revolto-me agressivamente
revolto-me como uma máquina sob pressão
prestes a explodir a qualquer momento."
Álvaro de Campos/Tiago Ribeiro

"Pensar é atrapalhar a realidade
...
Não há reflexão na minha mente
sou como uma rosa
e esta é inocente"
 João Silva/Alberto Caeiro

"Alimentada a papos de ego
a criança cresce
mas não floresce"
Martim Borges

"A vida corre em direcção ao seu destino
sem nunca parar ou recuar
apenas escolhe os atalhos que levam ao seu caminho
...
No seu caudal
tudo pode levar
areia, pedras rochas
madeira, flores casas
sem nunca pensar
faz isso sem intenção
..."
Maria Ramos



"Antes era mais fácil, éramos apenas nós
sem dor sem sofrimento, sem nada para sentir
apenas sorríamos com tudo o que ouvíamos
..."
Maria Beatriz Santos

"À minha frente, hirto como um ramo caído
está um homem pensativo
..."
Ana Carolina

"Era um azul translúcido que não me parecia estranho. E ali estava eu em nenhures, sem saber se era mesmo eu que me encontrava no vazio azul, ou se era outro..."
Vasco Custódio

"Pintar uma árvore de vermelho?
Preferia pensar sobre coisas."
Arcelindo

"Sento-me em frente de mim
...
como peças de puzzle todos
se encaixam...
... qundo penso nos outros
os outros pensam em mim."
Renato Baeta

"Atrás de um computador
sento-me
e sinto
as suas ventilações
vrrrrrrrrrrrrrrrr
...
"
Frederico Beja

"Pessoa desapoiou-se da bengala e com ela deu-me uma pancada na perna. Senti o contacto, o peso, mas também o vazio.... o contacto com o imaterial,tal como um sonho deve ser.
Pessoa riu-se e voltou a apoiar-se na bengala.
- Mas sentiste, não interessa. Nada o torna real. As diferentes maneiras de sentir não tornam uma mais real que a outra, apenas se tornam isso: diferentes."
David Mocinha