domingo, 23 de janeiro de 2011

Direitos e liberdade

EXERCÍCIO POÉTICO A PROPÓSITO DO TEMA ESCOLHIDO PELO ANO EUROPEU DA JUVENTUDE (Trabalho de colaboração com o IPJ)

Metodologia:
1. Audição de um poema bastante hermético de Rainer Maria Rilke
2. Interiorização do estilo
3. Criação de uma expressão poética sobre o tema (acima) proposto, evitando o óbvio e procurando a recriação, ou pastiche, ou ainda o tom obscuro de Rilke
4. Leitura em voz alta
5. Discussão pelo grupo-turma, seguida de melhoramento, quando necessário:

 12ºD

- Calcei os pés do chão/e caminhei com o vento./ Sou a liberdade em corpo,/alma e pensamento.
Ana Sofia Cabrita
- O ponto de fuga limitado enriquece-nos em sentidos.
Rita Correia
- A liberdade dos meus direitos e os direitos da minha liberdade.
Recta igual a muitos segmentos de recta, igual a infinitos pontos.
Escrevo o que escrevem.
A caneta.
André
- Tratados como animais/tendo à porta a forma/obrigados a evoluir.
Marta Prior
- Foi subtil razão Divina/Mecânica musicada/Criança na essência humana/O palco que agarra.
Luís Costa
- O direito é liberdade. Mas não o encontro. Essa verdade.
Andreia Grade
- A condição que aprisiona/A liberdade que liberta/O direito de saber nada/E de nada saber direito.
A linha que guia, regida pela liberdade.
Direito da condição essencial.
 Ricardo Rascão
- Como que uma semente a voz é, a morte também é. Algo que é tirado e não é dado de volta.
Mário Freire
- Solta, inesperada, versátil, branca.
Diogo Alves
- O polícia bate à porta e o salto da vida afunda no poço com mas sem princípio.
A Lei da regra marca o ponto no seguimento da linha de gel, que corre como voa.
Mancha o chão da minha vida o ar.
Sobrepõe-se à linha a mancha que é. Corroendo-se um a à outra, a folha branca dolorosamente evapora.
Sofia Fortuna
- Liberdade cheia/encham o roto saco impossível de furar.
Nem todos temos/nem todos seremos.
Ivan Castanheira
- Os glóbulos microscopicamente detalhados à lupa correm em círculos pelo corpo. Rodas... cuidadosamente sem  liberdade para manter a vida.
Débora
- A vontade entranhada do pensar arranha escondida e sem sentido, de um toque exterior e livre.
Tomé Pereira
- Inquietação é dever, responsabilidade é ofício, libertação é obrigação.
Mariana Prior
- A presença do papel, a procura da caneta, a vontade de escrever sendo nulas as palavras.
Rita Machado
- Não uma liberdade. Várias.
Beatriz Sousa
- Liberdade são pés sem sapatos. Servem para pensar. Perdi o pé no mar e ganhei o direito a nadar.
Inês Vasquez
- Olhamos, pensamos, agimos. Livres.
Inês Martins
- De fronte um instrumento./Geometrização a sua vida!!/ A vontade é nula,/ A Inquisição é forçada...
Leonardo Toste
- Procuro o direito, liberdade e inocência/que perdi ao pensar/no que o futuro poderia reservar./ Fico sentada/esperando uma lufada de ar/e o direito à inocência/ e a minha essência.
Ana Lúcia


12º F

- Crianças são livres fazendo formas sem cegar.
Ana Checa
- A prisão do destino, a vida, saindo em liberdade perante a morte.
Ana Franco
- Livre, absurda, mente

repito a palavra sucessivas vezes
até não conter sentido

sucessivas
sucessivas
sucessivas
sucessivas
sucessivas!
Fica assim como
tudo me parece
ao som surdo
que em mim sinto
Absurdo.
 Maria Leonor
- O gato voa no Aberto.
Sofia Pires
- Criado numa realidade distorcida,/o animal desperta em si/ uma sede utópica/do desejo incompreendido.
Irina Ivanenco
- Somos perseguidos pelos direitos, perseguimos a liberdade...
Já fui o direito, já fui a liberdade
Filipa Almeida
- Não vivemos sem comparações/desejamos outras opções.
Susana
- Turvo e cru fui logo que me pensaram/ Nunca me pedi e mesmo assim me enviaram.
Margarida Soares.
- Admirando a utopia que voa no infinito fechamo-nos a nós, matéria inconsciente. Aí te perdeste no ressacar carnal da mente.
Andreia Verdugo
- Espelho de direitos para uns, /vivência para outros,/barreira para todos.
Chantelle Portugal
- Qualquer estranho, criança ou sim é humano no direito e liberdade de conhecer o infinito.
Toya Nereide
- Liberdade de pensar e direito de escrever. Batido de ideias que se entorna no meio da multidão. Uns fecham os olhos, outros não se apercebem.
Tomás Ramos
- A visão enfática de um pequeno rumor/o sorriso esforçado de uma luz apagada/Pensar ter pensado/Falar ao gritar/Andar nas pegadas de uma frase mal resolvida.
Inês Marques
- Um lado por vezes fechado/Num recanto da minha mente/Que me deixa sobre um estrado/E me conduz somente/ Numa liberdade quase irada.
Erica Lopes
- Conquistamos?/Assim passa a vida,/enganados, fingidos ou certos./Contudo, caminhamos/até à morte da criança./Tínhamos a liberdade antes de sabermos que existia.
Rita Duarte
- A dor com meus olhos se fundiu [...] a ferida não vai parar.
Gonçalo Oliveira

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